As instituições de ensino superior vivem uma situação de asfixia financeira que compromete a sua autonomia e as impede de assumir os seus objectivos e projectos. Com o actual governo, as verbas do ensino superior diminuíram 16% face ao PIB nacional.
As propinas não param de aumentar, sem correspondência em Acção Social Escolar. As nossas famílias estão cada vez mais sobrecarregadas, tornando impossível para muitos o acesso ao ensino superior. Independentemente do rendimento familiar todos os estudantes devem ter direito ao ensino.
A UTAD é uma entre as 5 universidades que se encontram em ruptura financeira com um défice de 6 milhões de euros. Esta situação levou ao despedimento de funcionários e docentes, à suspensão da abertura de concursos para a contratação de novos docentes ou seja à diminuição da qualidade do nosso ensino.
Em 2007, 10% dos desempregados são diplomados pelo ensino superior, só o Norte do país tem 41% dos diplomados no desemprego e quem mais sofre com este desemprego são as mulheres que representam 71% dos desempregados.
O discurso é sempre o mesmo, "a situação do país é preocupante e o povo tem de apertar o cinto". Temos vindo a perder cada vez mais poder de compra, o apoio social, o direito à saúde, à educação e os direitos laborais.
Dizem que não há dinheiro, mas como se vê há que sobra para os banqueiros. São sempre os mesmos a ganhar e sempre os mesmos a perder.
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