sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
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Protestos estudantis dos últimos dias a nível internacional |

- Italy: Occupations, Demonstrations, Sit-ins, Teach-ins, Flashmobs across the country against education reforms, that will result in huge cuts and an increasing privatisation of education in the past few days. Some updates on this were already sent to the list in the past days and hour, so here is just one link: uniriot.org
- Kathmandu (Nepal): Today 1000 students staged a sit-in at the Ministry of Education to protest for support of poor students (20% scholarship quota). Students at the Purbanchal University have been on strike for the past 12 days already. Pictures and details on: emancipating-education-for-all.org
- Ottawa (Canada): Students occupied the president’s office at the University of Ottawa on Nov.24th to protest hikes in tuition fees. Press release and pictures:emancipating-education-for-all.org
- Philippines: Students and faculty staff went on strike across the Philippines for the second day today. Thousands of people took to the streets to protest cuts and fees. Another hige day of action is scheduled for Dec.1st. Videos, pictures and reports: emancipating-education-for-all.org
- Santiago (Chile): Students and professors have been protesting in the capital of Chile against cuts in Social Sciences and History classes on Nov.24th and Nov.25th. Protesters staging a sit-in were attacked by police forces on Wednesday – 19 students and 2 professors were detained. A video and pictures: emancipating-education-for-all.org
- UK: As many of you probably noticed, students and increasingly pupils as well across the UK have been resisting cuts and fees for the past few days. It is estimated that around 130,000 people took to the streets on Wednesday. Occupations at around 10 universities continue. Next day of action is scheduled for Nov.30th. Details on: anticuts.com + anticuts.org.uk
domingo, 28 de novembro de 2010
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O Movimento Estudantil britânico a ferver |
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O movimento estudantil britânico não pára de crescer em números e em militância. O mês de Novembro tem visto muitos estudantes, professores e funcionários nas ruas em protesto contra a subida abismal das propinas (que de cerca de £3000/ano passam a ter o valor de até £9000/ano) e contra outros cortes orçamentais na área da educação.
De notar será o facto de que Nick Clegg, actual Vice-Primeiro-Ministro e líder dos Liberal Democrats, prometeu, durante a campanha electoral, não subir as propinas e até defendeu acabar com as mesmas, faseadamente. A coligação governante Conservative-Liberal Democrats propôs também o corte no orçamento do ensino em 80%; o corte completo do financiamento estatal nas áreas de Humanidades, Artes e Ciências Sociais; e o fim d@ Education Maintenance Allowance, uma bolsa a que os adolescentes mais desfavorecidos têm direito e que os ajuda no pagamento de material escolar e transportes, um grande incentivo (ou condição!) para que permaneçam no sistema educativo.
No passado dia 10 de Novembro 52 mil estudantes manifestaram-se nas ruas de Londres, naquela que foi a maior manifestação estudantil das duas últimas décadas. Tomadas as ruas de Londres, os estudantes procederam à ocupação da sede do partido Conservador, situada no edifício Millbank. A fúria dos estudantes foi sentida através de algumas janelas partidas (que fizeram as capas de todos os jornais no dia seguinte), mas principalmente por uma multidão que não cessou de apoiar a alto e bom som aqueles que se encontravam dentro do edifício e no telhado do mesmo. Infelizmente, a liderança da NUS (National Union of Students), condenou arduamente o ataque às janelas da sede dos Tories, em vez de apontar o dedo aos verdadeiros vândalos, que ocupavam o edifício Millbank muito antes do dia 10.
A força das acções do dia 10 inspiraram a Universidade de Manchester a participar numa ocupação-flash, a Universidade de Sussex a ocupar um auditório durante 5 dias e a convocação de mais um dia nacional de acção, desta feita para o dia 24 de Novembro. A passada Quarta-feira 24 foi marcada por manifestações por todo o país, tendo 130 mil estudantes participado nos protestos. Nas manifestações estiveram presentes muitos alunos do 2º e 3º ciclos e secundário, que saíram das suas salas de aula às 11 da manhã, numa espécie de greve de estudantes. Horas mais tarde, muitos foram confrontados pela primeira vez com abuso policial. A táctica de “kettling” foi amplamente usada, tendo havido relatórios de grupos confinados em pequenos espaços durante 9 horas.
Na manifestação em Brighton um edifício dos Paços do Concelho foi brevemente ocupado, assim como uma loja da Vodafone, empresa que deve ao fisco £6 mil milhões. Um edifício da Universidade de Brighton foi também ocupado com sucesso, até à data. O mesmo aconteceu com mais cerca de 20 universidades por todo o país, a maioria das quais sem grande história recente de protestos ocupacionais. A onda de ocupações mantém-se, existindo entre elas grandes laços de solidariedade que se fomentam com a ajuda de tecnologia (skype, twitter, facebook, blogs,…).
Há um grande sentido de união e um desejo enorme de transformar o conceito da universidade. Uma ocupação não é só uma forma de protesto, mas um espaço que os ocupantes utilizam para promover discussões e diálogos sobre a educação que gostariam de promover e receber, sobre as lutas que se interligam às suas, sobre melhores maneiras de combater o governo Conservador nos seus ataques aos serviços públicos. Uma ocupação é um espaço de pensamento verdadeiramente livre.
Os dias 10 e 24 de Novembro foram só o início de uma grande batalha. Já foram convocados outros dois dias nacionais de acção contra cortes na educação: 30 de Novembro – esta próxima 3ª-Feira – e dia 5 de Dezembro – Domingo. As expectativas são altas. Os estudantes estão prontos. A hora: revolta.
Texto escrito para A Garra,
Catarina Carvalho, estudante da Universidade de Sussex
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
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Estudantes italianos em protesto invadem Torre de Pisa e Coliseu |
Estudantes italianos bloquearam ruas e invadiram a Torre de Pisa e o Coliseu romano na quinta-feira, num protesto contra a reforma universitária proposta pelo claudicante governo de Silvio Berlusconi.
As medidas, que tramitam no Parlamento, incluem cortes de gastos e limite de tempo para pesquisas.
Milhares de estudantes saíram às ruas de toda a Itália e ocuparam edifícios universitários. Um aluno ficou ferido em confronto com a polícia em Florença, segundo agências de notícias, mas as manifestações em geral foram pacíficas.
"Vamos impedir essa reforma", gritavam os estudantes em frente ao Parlamento, agitando cartazes e sinalizadores de fumaça.
Eles conseguiram burlar a segurança da Torre de Pisa e colocaram cartazes no topo do famoso monumento inclinado. Também entraram no Coliseu, em Roma, saltando as catracas.
O protesto é parte de uma onda de manifestações contra medidas de austeridade fiscal em toda a Europa. Em Londres, milhares de pessoas foram às ruas na quarta-feira em protesto contra o aumento das taxas universitárias.
A reação dos estudantes italianos é mais um golpe para Berlusconi, com a popularidade abalada devido aos problemas econômicos do país e a uma série de escândalos morais e financeiros envolvendo-o. Duas votações no Parlamento, marcadas para 14 de novembro, podem levar a eleições antecipadas na Itália.
A ministra da Educação, Mariastella Gelmini, disse que as reformas, destinadas a poupar bilhões de euros até o fim de 2012, criarão um sistema mais baseado no mérito.
Críticos dizem que as universidades já têm um déficit de 1,35 bilhão de euros previsto para o ano que vem, e que os cortes propostos agravarão a situação do ensino superior.
Na quinta-feira, o governo foi derrotado no Parlamento numa emenda a essa reforma. Berlusconi não tem mais maioria entre os deputados devido a um racha na sua coalizão.
Gelmini disse que a emenda tem pouca importância, mas que ela pode abandonar a reforma, a ser votada pelo plenário em 30 de novembro, caso modificações mais substanciais sejam incluídas.
Pier Luigi Bersani, líder do Partido Democrático, o principal de centro-esquerda, defendeu que a reforma seja imediatamente retirada.
by CATHERINE HORNBY E GABRIELE PILERI in Estadão (Foto AP)
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Estudantes ocupam universidades e enfrentam a polícia em Londres |
Policiais estão tentando conter os estudantes e uma van da polícia foi cercada e atacada. A polícia já alertou que fará prisões caso os protestos fiquem mais violentos.
Os estudantes britânicos ocuparam universidades em Plymouth, Birmingham, Londres e Bristol. Marchas e outros protestos também estão acontecendo em universidades e colégios em Manchester, Liverpool, Sheffield, Oxford, Cambridge, Leeds, Newcastle e em várias cidades da Escócia.
Em um pronunciamento antes dos protestos, o vice-primeiro-ministro Nick Clegg pediu que os estudantes voltassem a analisar os planos de aumento dos empréstimos estudantis antes de participar das manifestações.
"Examinem nossas propostas antes de tomar as ruas. Escutem e analisem antes de marchar e gritar", pediu Clegg.
O plano do governo é cortar o orçamento para a educação superior em até 40% e eliminar as bolsas para professores, salvo as de ciência e matemática.
Outros custos devem passar a ser financiados pelo aumento nas taxas dos empréstimos estudantis, que seriam elevadas a partir de 2012.
O piso das anuidades dos empréstimos passaria de 3.290 libras (R$ 8,9 mil) para 6 mil libras, e algumas universidades poderiam cobrar até 9 mil libras em "circunstâncias excepcionais" - se oferecem, por exemplo, bolsas e programas que incentivassem estudantes mais pobres a cursá-las. Segundo autoridades, o novo sistema é mais "justo".
O empréstimo de anuidade poderá ser quitado quando o formando estiver ganhando um salário anual a partir de 21 mil libras.
Partido Conservador
Depois de se reunir em Trafalgar Square, no centro da capital britânica, os estudantes marcharam em frente à residência do primeiro-ministro, em Downing Street.
Logo em seguida, a polícia conseguiu conter o protesto, antes que os estudantes chegassem à praça em frente ao Parlamento.
Um outro protesto de estudantes em Londres, há duas semanas, acabou com um ataque à sede do Partido Conservador (governista). Até agora foram feitas 65 prisões relacionadas ao incidente.
Nesta quarta-feira os manifestantes planejam se reunir em frente à sede do Partido Liberal Democrata, de Nick Clegg, cujos líderes se transformaram em alvo dos estudantes.
Os manifestantes acusaram os parlamentares do partido de não cumprir a promessa de votar contra o aumento nos empréstimos estudantis.
Os protestos não foram organizados pela União Nacional de Estudantes e, por causa disso, não se sabe qual será o padrão das manifestações. O que estudantes prometeram apenas um "carnaval de resistência", com música e discursos.
"Temos o direito de protestar, temos o direito à desobediência civil, temos o direito de ocupar nossas salas de aula", disse Mark Bergfeld, porta-voz da organização Rede de Ativistas pela Educação, um dos grupos organizadores dos protestos.
in BBC Brasil
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Protestos de estudantes britânicos contra aumento das propinas acalmam ao terceiro dia |
Os protestos dos estudantes britânicos contra o plano do Governo conservador de aumentar as propinas e cortar no investimento público na Educação mostram-se hoje mais calmos, mas dezenas de manifestantes continuam a ocupar salas de aulas nas universidades de Edimburgo, Cradiff e Londres.
O Governo condenou o carácter violento de alguns protestos dos estudantes (Foto: David Moir/Reuters)
Um outro grupo mais pequeno, de cerca de 50 estudantes, ocupava esta manhã uma das bibliotecas da Universidade de Oxford, relata ainda o "Guardian".
Na véspera, os estudantes abandonaram as escolas logo às primeiras horas da manhã, marchando pelas ruas em várias cidades e ocupando edifícios universitários pelo caminho, com os incidentes de violência e tumultos com a polícia a serem registados sobretudo na zona central da capital britânica. Estima-se que mais de 130 mil estudantes se manifestaram ontem, pelo segundo dia consecutivo, por todo o Reino Unido e Escócia, incluindo muitos alunos de liceus, com 13 e 14 anos de idade.
Depois dos incidentes já do dia anterior, os agentes adoptaram ontem uma táctica de “cerco” que manteve os estudantes durante várias horas na Praça do Parlamento e, apesar de “aparentemente ter aumentado a raiva [dos manifestantes], também conteve a desordem”, descrevia o “Guardian”.
Nos distúrbios de ontem ficaram feridas 17 pessoas, incluindo dois polícias, e pelo menos 12 universidades foram ocupadas pelos manifestantes – incluindo a Biblioteca de Oxford.
Durante a madrugada, a polícia montada carregara sobre um grupo de uns mil estudantes perto de Trafalgar Square, os quais em correria pela zona atiraram cadeiras e cones de trânsito para as estradas e quebraram os vidros de algumas lojas e de pelo menos dois autocarros.
O Governo condenou o carácter violento dos protestos dos estudantes, sustentando que as manifestações estavam a ser manipuladas por grupos extremistas. Num tom intransigente, o ministro da Educação, Michael Gove, instou os media a não darem “o oxigénio da publicidade” a uma “minoria violenta” – expressão que evoca declarações da antiga primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher, durante a década de 1980, a propósito das acções do IRA.
Mais comedido, o vice primeiro-ministro e líder dos Liberais Democratas (na aliança de Governo com os Tories do primeiro-ministro, David Cameron), Nick Clegg, lamentou profundamente ter que abdicar da promessa feita no período pré-eleitoral de que se oporia a qualquer plano de aumento das propinas.
“Tenho muita pena de não poder cumprir a promessa que fiz, mas – tal como na vida – às vezes não temos controlo total de todas as coisas necessárias a cumprir as nossas promessas. Claro que lamento profundamente ver-me agora nesta situação”, justificou-se durante o programa de rádio da BBC "Jeremy Vine Show".
Clegg, que se tornou no alvo das mais intensas críticas e fúria dos manifestantes, explicou que os Libdem tinham sido forçados a uma coligação de Governo e que o estado das finanças do país está pior do que tinha antecipado, pelo que teve que aceitar “cedências”.
Responsáveis das universidades no país entoaram alertas sobre o impacto “devastador” que pode ter um falhanço na aprovação dos planos do Governo em aumentar as propinas no ensino superior – dos actuais cerca de 3800 euros para uns sete mil ou mesmo dez mil euros anuais. Cameron quer levar este plano a voto no Parlamento ainda antes do Natal.
O director das Universidades do Reino Unido, Steve Smith, alega que sem o aumento dos custos dos cursos ter-se-á que diminuir o número de estudantes no ensino superior, uma vez que as bolsas sofrerão um enorme decréscimo.
Por Dulce Furtado in Público
in Guardian
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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Estudantes Italianos contra as reformas e cortes na edução |
Un grupo de estudiantes ha tratado de asaltar el Senado italiano esta mañana enla que es la segunda jorada de protestas contra los recortes a la educación y la reforma educativa que ha propuesto el Gobierno de Siilvio Berlusconi.
Cerca de las 11 de la mañana los jóvenes se concentraron ataviados con escudos de colores y cascos de motocicleta en las puertas de Palazzo Madama (donde se encuentra el Senado). La policía trató de cerrar los portones pero consiguieron entrar en el hall que da acceso a la Cámara. No fue eso lo que frenó a los estudiantes, sino el desmayo de uno de sus compañeros que ha obligado a despejar el sitio para que fuera atendido por los servicios de emergencia.
Después se han plantado fuera del Senado tirando huevos y coreando gritos de "¡dimisión!" contra la ministra Maria Stella Gelmini, la responsable de la reforma. La policía ha intervenidoy uno de los chicos ha sido detenido.
Reducción del profesorado
La manifestación se desplazó después a Palazzo Grazioli, la residencia romana de Berlusconi y a Montecitorio, la sede del Parlamento, donde han protagonizado una sentada. En el trayecto por las calles del centro de Roma, ha habido enfretamientos con la policía aunque aún no hay noticias de más detenciones ni de heridos.
Es la segunda vez en dos semanas que los estudiantes italianos organizan una protesta contra el Gobierno. La reforma Gelmini propone la reducción del profesorado en la escuela pública a uno por clase y la reducción drástica de los recursos para la universidad y la investigación.
Las protestas llegaron también desde la escuela privada, pero tras una reunión con Gelmini, el Gobierno decidió dar marcha atrás en el recorte a las subvenciones a los institutos privados.
in La Repubblica