quinta-feira, 2 de julho de 2009

Luta universitária noutros países

Alemanha: Educação em Greve
Várias universidades foram acupadas em cerca de 15 cidades da Alemanha. Muitos edifícios foram ocupados, várias entradas de edifícios foram bloqueadas por estudantes. Dia 17 de Junho, 260.000 jovens, pais, estudantes e professores ocuparam as ruas de mais de 70 cidades alemãs em protesto contra o sistema de educação, reivindicando mais investimento financeiro, melhores condições de trabalho, contra o aumento das propinas e exigindo qualidade no ensino nas universidades onde agora os estudantes “nada aprendem”. Em Berlim uma enorme manifestação de 30.000 pessoas começou na Praça Alexander e terminou na Universidade de Humboldt que foi invadida por estudantes e simbolicamente coberta de papel higiénico.

10 anos do Processo de Bolonha – Estudantes de Belgrado!
Na Sérvia, o Processo de Bolonha trouxe um enorme aumento das propinas, implantou o caos no sistema e empobreceu os currículos pedagógicos. Para o 10.º aniversário da Declaração de Bolonha, os estudantes universitários organizaram um espectáculo intitulado “Qual é o preço do conhecimento?” realizado na principal rua de Belgrado.

Justiça para os empregados de limpeza da SOAS – Parem as deportações!
Empregados de limpeza da universidade que viviam com o ordenado mínimo foram detidos. Estudantes e aliados da Universidade de Londres e a Escola de Estudos Orientais e Africanos (SOAS) ocuparam a universidade para protestar contra os ataques contra os trabalhadores imigrantes. www.freesoascleaners.blogspot.com


Universidade de São Paulo em Greve - Brasil

120 professores, cerca de 1200 estudantes e funcionários da universidade foram agredidos e atacados com gás lacrimogéneo na Universidade de São Paulo. Tudo começou quando há mais de 40 dias, os funcionários da USP entraram em greve, principalmente por aumentos salariais e pela readmissão de um dirigente sindical do Sintusp (sindicato que representa este sector), demitido por razões dúbias que indicam perseguição política.
Decorrente desta luta, no dia 1 de Junho no campus da universidade estabeleceu-se um corpo da Polícia Militar (PM) com o objectivo de demover a greve. Foi contra esta situação, que contraria os princípios históricos da USP de não permitir a presença de polícia no campus, que no dia 9 de Junho os estudantes, os funcionários e os professores, realizaram de forma pacífica uma concentração conjunta na USP. Nesta, a reitora Suely Vilela, mandou a PM reprimir os manifestantes tendo havido vários feridos das bombas e balas de borracha, dos cassetetes e do gás lacrimogéneo utilizados. Como consequência, os professores e os estudantes, em assembleias por todos os cursos, aprovaram a adesão à greve, exigindo a imediata retirada da PM do campus, a demissão da reitora Suely Vilela e eleições directas para reitor.
Este conflito insere-se também no contexto de lutas contra a privatização do ensino superior público, que no Brasil é ainda gratuito.

Um comentário:

Unknown disse...

Vê-se por todo o lado, manifestações de estudantes, que querem mudar o que está mal actualmente...menos em portugal.Cá ainda nao se ouviu nada, só pode querer dizer que estamos felizes com a situação em que nos encontramos(o que duvido).Precisamos de nos fazer ouvir, NÓS ESTAMOS REVOLTADOS!Mas fazer alguma coisa e que e outra conversa...

 
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