Por decisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o cálculo da atribuição das bolsas passou a ser feito tendo em conta o valor líquido anual do agregado familiar considerando catorze meses, passando-se a incluir o subsídio de férias e o de Natal.
Marco Loureiro considera que "a fórmula mais justa seria aquela que apresenta a multiplicação apenas pelos doze vencimentos anuais e não acrescentada pelos dois subsídios, que deverão ser vistos como um extra para o agregado familiar e não sujeitos a deduções". Devido a esta alteração, que os alunos querem ver corrigida, o dirigente estudantil adiantou que 25 alunos do Politécnico "ficaram sem a bolsa de estudo" e outros viram o seu valor reduzido em relação ao ano anterior, situação que disse poder comprometer a continuidade dos estudos.
"Exigimos que essa lei seja alterada", disse Marco Loureiro à Lusa, adiantando que "o ensino académico é caro e esta medida torna-o ainda mais caro" e cria problemas "nos bolsos dos pais dos estudantes".
Cláudia Lourenço, aluna do segundo ano do curso de Comunicação e Relações Públicas, natural de Viseu, contou que este ano viu a bolsa de estudo ser reduzida "de 230 euros para 115 euros". "Só a minha mãe é que trabalha, estou a fazer um grande esforço para estudar e já pus a hipótese de deixar de estudar", admitiu.
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