Se à hora indicada não houver quórum, a Assembleia Geral inciar-se-á meia hora depois com o número de membros presentes.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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Diplomados no desemprego: 71% são mulheres |
Dos mais de 390 mil portugueses que se encontravam desempregados em Dezembro de 2007, 39.627 têm habilitação superior, o que significa que 10% dos desempregados do país são diplomados pelo Ensino Superior, segundo dados do relatório “A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior” apresentado na 6ª feira pelo Ministério do Ensino Superior.
Face a Dezembro de 2006 registou-se uma diminuição de 6,5% no número de diplomados desempregados. Um dado positivo, principalmente se tivermos em conta que o número de pessoas com habilitações superiores em Portugal aumentou em 20% entre 2003 e 2007. Ainda assim, é também de realçar que em Janeiro de 2003 estavam 29.123 diplomados no desemprego. Hoje são mais de 39 mil, o que corresponde a uma subida de 26%.
Quem mais sofre com a situação são “as” diplomadas: dos 38.795 inscritos no Continente, em Dezembro de 2007, 27.499 são do sexo feminino, representando cerca de 71% do total de desempregados. São, na maioria, licenciadas (24.218), à procura de um novo emprego (17.711) e vêm sobretudo da área da “Formação de professores” (5.292), das “Ciências empresariais” (4.152) e das “Ciências sociais e do comportamento” (3.785).
O “prenúncio” do Norte
Em termos regionais também não há grandes dúvidas: o Norte tem 30% dos diplomados do país e 41% dos diplomados que o país tem no desemprego, seguindo a tendência registada em termos globais de desemprego nacional.
Já a região de Lisboa, sendo a que tem a maior fatia percentual de diplomados, consegue ficar atrás do Norte e do Centro no número de desempregados com diploma. Registe-se ainda que, em relação a 2006, o número de diplomados no desemprego baixou em todas as regiões, numa tendência só contrariada pelo Centro e, principalmente, pelo Algarve, onde os desempregados com habilitação superior subiram 5%.
Por áreas de formação, a liderança da tabela dos diplomados no desemprego é das “Ciências empresariais” (16,2%), logo seguida pela área de “Formação de professores/educadores e ciências de educação” (15,8%) e a de “Ciências sociais e do comportamento” (13%).
No bolo total de diplomados, estas áreas representam taxas semelhantes. A situação será mais preocupante nas “Ciências sociais e do comportamento”: dela sairam 8% dos diplomados entre 1996 e 2006 e 13% dos que em Dezembro estavam nos centros de emprego.
Na razão inversa está a área da “Saúde”: a ela pertencem 6,2% dos desempregados inscritos e 13% dos que se diplomaram entre 1996 e 2006.
Acrescente-se que, se juntarmos as “Ciências empresariais”, a “Formação de professores”, a “Saúde” e as “Ciências sociais e do comportamento” temos 56% dos diplomados portugueses entre 1996 e 2006.
Diz-me onde estudas…
Pela primeira vez, a tutela revelou o estabelecimento e o curso dos diplomados no desemprego. Os dados agora publicados não dizem respeito ao total de desempregados com habilitação superior no Continente (38.795), uma vez que o pedido de informação só foi incluído no formulário dos centros de emprego em Agosto do ano passado. A população estudada reduz-se por isso para os 26.611.
Sessenta e seis por cento dos diplomados sem emprego são oriundos do ensino público, universitário (36%) e politécnico (30%). O ensino privado assume somente 34% dos licenciados no desemprego e pode vangloriar-se de apresentar uma percentagem inferior à de diplomados que formou, entre 1996 a 2006 (37%).
De referir que a maioria dos licenciados que em Dezembro estavam desempregados tinham formação universitária (58%), no público ou no privado, por oposição aos que se diplomaram no politécnico (42%).
Partindo das respostas dos 26.611 inscritos que identificaram a escola e o curso que frequentaram, foram seleccionados os 43 pares de estabelecimento/curso com maior número de registos nos centros de emprego. À cabeça aparece o curso de Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (204), seguindo-se Serviço Social do Instituto Miguel Torga (203) e Psicologia da Universidade Lusófona (169).
Os cursos de Psicologia são, aliás, os que mais diplomados tinham no desemprego à luz dos dados desta tabela (988), sendo sintomática a presença das faculdades de Psicologia e Ciências da Educação do Porto, de Coimbra e de Lisboa nas 15 primeiras escolas da classificação.
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra está no 4º lugar, sendo a primeira instituição pública da tabela. Nesse campeonato das “públicas” estão ainda o curso de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e o curso de Economia da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, mas para a leitura destes dados é também importante perceber o número de diplomados formados por estas instituições. Por exemplo, há 113 licenciados em Direito pela Universidade de Lisboa inscritos nos centros de emprego. A instituição está por isso no 10º lugar da tabela, mas é também responsável pela formação de 4.663 licenciados nos últimos 10 anos.
O relatório cruza ainda os registos dos inscritos nos centros de emprego com o total e a média de diplomados do respectivo estabelecimento/curso, de 2003 a 2006. Dados que podes consultar na íntegra aqui.
Dez cursos com maior nº de desempregados em Dez.07 (Continente)
Desempregados | Total diplomados de 96/97 a 05/06
1º ISPA/Psicologia Aplicada – 204 (desempregados) | 2.974 (diplomados)
2º IS Miguel Torga/Serviço Social – 203 | 1.537
3º U.Lusófona/Psicologia – 169 | 2.004
4º ES Enfermagem Coimbra/Enfermagem – 138 | 1.293
5º IS Serviço Social Porto/Serviço Social – 134 | 900
6º ES de Artes e Design/Design – 128 | 958
7º U.Coimbra/Direito – 125 | 2.836
8º U.Porto/Economia – 124 | 2.333
9º ISMAI/Psicologia – 121 | 1.137
10º U.Lisboa/Direito – 113 | 4.663
Fonte: Canal UP
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3 de Dezembro | 1º Ciclo de palestras de Engenharia do Ambiente |
1º Ciclo de palestras de Engenharia do Ambiente, dia 3 de Dezembro pelas 14h30 no auditório do Ciências Florestais.
Programa:
14H30min | APRESENTAÇÃO - Prof. Carlos Afono Teixeira
15H | AVALIAÇÃO DE IMPACTES E ACOMPANHAMENTO AMBIENTAL EM PARQUES EÓLICOS - Engº Vitor Sousa|Empresa: Consultoria em qualidade e Ambiente, LDA.
15H50min | ENQUADRAMENTO DA ENERGIA EÓLICA NO SISTEMA ENERGÉTICO NACIONAL - Eng.º Sérgio Leitão|UTAD
16H30min | PAUSA PARA CAFÉ
17H | RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - Prof. Paulo Favas|UTAD
Participação GRATUITA
Inscrições em: AAUTAD
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ADSE alargada aos filhos de beneficiários até fim do mestrado |
A utilização dos serviços da ADSE pelos filhos dos beneficiários até à conclusão do mestrado, desde que não tenham idade superior a 26 anos, foi a única proposta de alteração ao Orçamento de Estado aprovada pela maioria socialista, das 1170 apresentadas pela Oposição.
A "sorte" coube ao PSD, que, desta forma, permite que o regime da ADSE possa adaptar-se às novas regras ditadas pelo processo de Bolonha. Actualmente, os descendentes dos beneficiários têm direito ao regime apenas até à licenciatura, com o mesmo limite dos 26 anos.
O Partido Comunista Português, que foi o recordista das propostas (423), entre elas a redução do IVA para 19%, seguindo o BE (263) e os Verdes (245).
O balanço, da responsabilidade da agência Lusa, diz apenas respeito às votações realizadas na comissão parlamentar de orçamento e Finanças. Outras contas terão de ser feitas amanhã, quando ficar concluída a votação final global do OE para 2009, que esta manhã se inicia.
Será ao longo destes dois dias de plenário, que ainda serão discutidas 65 das 91 propostas de alteração entregues pelo grupo parlamentar do PS, que visam, de uma forma geral, "corrigir" o documento apresentado pelo Governo, em alguns aspectos de natureza fiscal, relacionados com as alterações das condições económicas do país. A desactualização do quadro macro-económico do país vai ser, aliás, a grande bandeira política que os partidos da Oposição vão usar para confrontarem José Sócrates e o Executivo com as previsões de recessão económico não assumidas pelos socialistas.
Fonte: Jornal de Noticias|27 de Novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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Assembleia Geral |
Ponto um: Avaliação do resultado do Referendo e futuras medidas;
Ponto dois: Conclusões do Senado Universitário do dia 12 de Novembro;
Ponto três: Resultados das moções e propostas do Encontro Nacional de Dirigentes Associativos (ENDA);
Ponto quatro: Outros assuntos.
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Contra a Penúria no Ensino Superior Público |
2. Acelera-se também a desresponsabilização no apoio a cada estudante do ensino superior. Entre 2006 e 2008, a transferência média do Orçamento de Estado por aluno do ensino superior público diminuiu de 4.595€ para 4.174€. Esta redução tende a agravar-se em 2009.
3. Nos últimos anos, as propinas dispararam consecutivamente, sem correspondência em Acção Social Escolar. Entre 2006 e 2009, as propinas representaram mais de metade das receitas próprias das instituições. Em média, o peso das propinas no orçamento global das universidades ronda já 15%.
4. Continuando a longa retirada de um domínio estratégico da responsabilidade pública, o actual governo inviabiliza o funcionamento regular das instituições de ensino superior. Cabe lembrar as já longínquas promessas do governo Guterres, de que o actual ministro foi membro: as propinas nunca serviriam para suportar o funcionamento das instituições. Pelo contrário, sempre se verificou que as propinas se limitaram a compensar, parcialmente, o inaceitável desinvestimento público e a afastar do ensino superior os estudantes mais desfavorecidos.
O presente ano lectivo arranca em situação de penúria.
As cidadãs e cidadãos abaixo-assinados exigem:
- Um sistema de financiamento plurianual, idêntico ao que o ministro reserva às Fundações, capaz de garantir um planeamento adequado;
- A extinção do regime de propinas e a adopção de uma política de acção social escolar justa;
- O restabelecimento da autonomia das instituições, constitucionalmente consagrada, que se encontra ameaçada pelos estrangulamentos financeiros e pelos impactos decorrentes da implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior;
- A promoção de um ensino superior público, tendencialmente gratuito, universal e de qualidade.
domingo, 23 de novembro de 2008
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Alunos manifestam-se contra cortes nos apoios sociais |
Por decisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o cálculo da atribuição das bolsas passou a ser feito tendo em conta o valor líquido anual do agregado familiar considerando catorze meses, passando-se a incluir o subsídio de férias e o de Natal.
Marco Loureiro considera que "a fórmula mais justa seria aquela que apresenta a multiplicação apenas pelos doze vencimentos anuais e não acrescentada pelos dois subsídios, que deverão ser vistos como um extra para o agregado familiar e não sujeitos a deduções". Devido a esta alteração, que os alunos querem ver corrigida, o dirigente estudantil adiantou que 25 alunos do Politécnico "ficaram sem a bolsa de estudo" e outros viram o seu valor reduzido em relação ao ano anterior, situação que disse poder comprometer a continuidade dos estudos.
"Exigimos que essa lei seja alterada", disse Marco Loureiro à Lusa, adiantando que "o ensino académico é caro e esta medida torna-o ainda mais caro" e cria problemas "nos bolsos dos pais dos estudantes".
Cláudia Lourenço, aluna do segundo ano do curso de Comunicação e Relações Públicas, natural de Viseu, contou que este ano viu a bolsa de estudo ser reduzida "de 230 euros para 115 euros". "Só a minha mãe é que trabalha, estou a fazer um grande esforço para estudar e já pus a hipótese de deixar de estudar", admitiu.