quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coimbra aprova marcha pelo ensino superior

Na Assembleia Magna (AM) desta quarta-feira aprovou-se a moção de marcha pelo ensino superior, no próximo dia 17 de Novembro, entre a Cidade Universidade e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

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Com a certeza de que a manutenção do ministro Mariano Gago à frente do ministério que tutela o ensino superior significa “continuidade nas políticas seguidas”, nas palavras do presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Jorge Serrote, a unidade de opiniões marcou a discussão da análise da situação política e acções a desenvolver.

Recordando os principais problemas do ensino superior (ausência de financiamento, acção social, Regime Jurídico para as Instituições de Ensino Superior, Processo de Bolonha), o presidente da direcção-geral propôs a Marcha pelo Ensino Superior para dia 17 de Novembro entre a Cidade Universitária e o ministério.

“Nada de novo se espera deste governo”, criticou Sílvia Franklin, da Faculdade de Ciências e Tecnologia. A estudante apresentou uma moção dividida em três pontos, incluindo a realização de uma campanha com início do dia 10 de Novembro num encontro nos Jardins da AAC (ponto um), divulgação por flyers e sessões de financiamento e manifestação local no dia 17 de Novembro (ponto dois) e a realização de uma Assembleia Magna nesse mesmo dia (ponto três).

Na hora de votação, foi aprovada a ida a Lisboa (em alternativa ao ponto dois da moção de Silvia Franklin) e o ponto um da moção da estudante da faculdade de ciências.

Na questão da realização de uma Assembleia Magna de balanço da manifestação na capital, ficou acordado que a reunião seria no dia 18 de Novembro.

Outras moções aprovadas

Alertando para o “período desesperante de espera pelas bolsas” e para a “degradação das residências”, o estudante de Direito Hugo Figueiredo propôs uma reunião entre os serviços de acção social e a direcção-geral, sendo que esta moção também colheu luz verde.

Também aprovada por larga maioria foi a moção que prevê a realização de Reuniões Gerais de Alunos em todas as faculdades e departamentos até dia 18 deste mês, proposta por Henrique Paranhos, da faculdade de ciências. “O investimento do ensino superior não tem sido uma prioridade do governo”, acusou.

Finalmente, a proposta de Hugo Ferreira, de Direito, também teve a maioria de votos a favor. Ficou estabelecida a realização de uma plataforma de debate, definida nos termos que a DG/AAC entender.

Durante a discussão dos pontos dois e três desta AM, foram vários os intervenientes que apelaram à acção. “Não devemos dar tréguas ao ministro”, sentenciou André Rodrigues, de Letras.

No mesmo sentido, o estudante de Letras Manuel Afonso defendeu “uma mobilização construída com uma perspectiva de vitória”. “As grandes manifestações foram gente, com radicalidade, contundência e inteligência”, acrescentou.

Também Fabian Figueiredo salientou a “necessidade de criar uma linha de continuidade para que o ensino superior não caia em desgraça”.


Noticia por Catarina Domingos in A CAbra.net

Um comentário:

Unknown disse...

Como é AAUTAD?! Têm aqui uma boa oportunidade de unir forças e lutar pelos direitos dos estudantes. Afinal não é isto da vossa competência?
Vamos para a rua, como têm feito os nossos colegas por muitos paises fora, e vamos mostrar o nosso descontentamento contra o desinvestimento público no ensino superior e cortes no financiamento da acção social.

 
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